Cachorros choram: O que significa e quando se preocupar
Cachorros choram: produzem sons como gemidos e podem lacrimejar para comunicar dor, medo, ansiedade ou reagir a irritações oculares. Essa expressão envolve tanto vocalizações quanto fluxo de lágrimas.
A resposta abre via comunicação social e mecanismos fisiológicos. Entender quando o choro é comportamento normal ou sinal de problema ajuda a proteger a saúde e o bem-estar do seu pet.
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O que é o choro em cachorros e por que acontece
Chorar em cães pode significar duas coisas distintas: vocalizar (choramingar, uivar, gemer) e lacrimejar (produção excessiva de lágrimas). A vocalização é basicamente linguagem — um cachorro reclama quando está desconfortável, pede atenção ou reage a estímulos. Já o lacrimejamento tem raiz mais fisiológica: irrigação, inflamação, alergias ou obstrução das vias lacrimais.
Comunicação vs resposta física
A comunicação funciona como um alarme social. Um filhote que chora busca cuidado da mãe; um cão adulto que geme pode estar pedindo companhia. A resposta física é similar a um “sinal de limpeza”: olhos produzem lágrimas para lubrificar a córnea e expulsar partículas. Quando a produção é exagerada ou as lágrimas escorrem continuamente, a causa merece atenção.
Causas mais comuns de choro e lacrimejamento
- Ansiedade e separação: cães muito apegados choram quando ficam sozinhos. O comportamento pode aumentar com mudanças na rotina.
- Dor: gemidos agudos ao mover-se, lamber uma área ou recusa em pular são sinais de dor.
- Irritação ocular: poeira, pêlos ou corpos estranhos provocam lacrimejamento e piscadas frequentes.
- Infecções: conjuntivite bacteriana ou viral causa secreção, vermelhidão e crostas.
- Obstrução orbitária: epífora por canais lacrimais bloqueados é comum em raças de focinho curto.
- Alergias: reações a pólen, produtos de limpeza ou alimentos podem desencadear olhos lacrimejantes.
- Idade avançada: alterações neurológicas e sensibilidade aumentada mudam o padrão de vocalização.
Como identificar quando é grave
Alguns sinais exigem avaliação rápida por profissional: mudança súbita de comportamento, secreção espessa (amarelada ou esverdeada), olhos muito inchados, perda de visão aparente ou dor clara ao tocar a região. Se o choro vier acompanhado de febre, letargia ou falta de apetite, o cenário exige urgência.
Sinais de alerta que não devem ser ignorados
- Secreção purulenta ou sanguinolenta
- Piscadas contínuas, fechamento constante do olho
- Lacrimejamento unilateral persistente
- Gemidos ao ser tocado em áreas específicas
- Vontade repetida de coçar ou esfregar o rosto
Cuidados práticos e tratamentos comuns
O tratamento varia conforme a causa. Para irritações leves, limpeza suave com soro fisiológico pode ajudar. Infecções requerem medicação tópica ou oral prescrita por veterinário. Para ansiedade, estratégias comportamentais e enriquecimento ambiental costumam reduzir o choro sem remédios.
- Higiene ocular: limpe com compressas de soro morno, sempre do canto interno para o externo.
- Ambiente enriquecido: brinquedos, passeios regulares e treinos curtos reduzem estresse.
- Avaliação profissional: oftalmologista veterinário para casos persistentes ou suspeita de obstrução.
- Controle de alergias: identificar alérgenos e ajustar alimentação ou ambiente.
- Cirurgia: em casos de canais lacrimais bloqueados ou lesões estruturais.
Dicas rápidas que ajudam hoje mesmo
- Observe padrões: anote quando o choro ocorre — à noite, na ausência do tutor ou após comer.
- Registre a aparência das lágrimas: clara, espessa, com cheiro ou com crostas.
- Teste mudança ambiental: ruídos novos, limpeza de espaço ou troca de produto de limpeza podem revelar gatilhos.
- Evite automedicar: colírios humanos ou remédios sem orientação podem agravar o quadro.
Curiosidades e mitos sobre “cachorros choram”
Muitos acreditam que cães derramam lágrimas por emoção igual a humanos. Pesquisas mostram que os cães não produzem lágrimas emocionais com a mesma função que nós; as lágrimas deles mantêm a córnea e protegem contra agentes externos. Ainda assim, cães são profundamente sensíveis ao ambiente — um animal que passa por mudanças no lar pode chorar de tristeza ou ansiedade, usando vocalizações para pedir ajuda.
- Curiosidade: alguns estudos indicam que a voz humana altera-se perante o choro do animal, o que pode aumentar a interação e reforçar o comportamento.
- Mito: encostar compressa fria sempre é bom. Na verdade, compressas frias e quentes têm indicações diferentes; siga orientação.
- Dica de especialista: raças braquicefálicas tendem a ter mais problemas lacrimais, por exemplo Buldog e Pug.
Quando agir — e como se preparar para a visita ao veterinário
Se o choro acompanha sinais de gravidade, agende consulta. Leve notas sobre duração, mudanças recentes na rotina, alimentação e fotos ou vídeos do comportamento. Gravar o som do choro ou a forma como o olho lacrimeja ajuda o profissional a diagnosticar com mais rapidez.
Proteger seu cão começa por observação atenta e ação rápida quando necessário. Se algo te incomoda no comportamento ou na saúde ocular do pet, procure orientação especializada — e explore outras leituras do portal para ampliar seu conhecimento sobre cuidados pet.